segunda-feira, abril 10, 2006


Como é que o acto de viver poder ser posto em causa?
Como é que o acto de sonhar pode ser um capricho?
Será que um ambicioso e por vezes fútil pode transparecer filosofia de vida?
Paralelo à vida do mesmo em que os mais fortes ventos
que sociedade cria, são meras folhas de vidros.
Porque esta mesma sociedade, tanto tem o poder de construir como de destruir.
E isto deve-se principalmente a uma sociedade
feita de correntes de ar, onde a ignorância é oxigénio!

Um comentário:

Anônimo disse...

Triste de quem vive em casa
Contente com o seu lar
Sem que um sonho no erguer da asa
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar
Triste de quem é Feliz
Vive porque a vida dura
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição de raiz
Ter por vida a sepultura

Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem
Ser descontente é ser Homem
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem.

De alguém que partilha a paixão pelo Quinto Império...
Fernando Pessoa